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Vejo tanta gente boa por aí, se perdendo por não ir, não sair, não agir. Vejo tanta energia mal-utilizada; tanta vontade abafada; tanto desejo deixado pro próximo verão. É que tem gente sentada em cadeira de espinho, achando que essa dor é conforto. Tem gente comendo migalha, achando que é farta a mesa posta por outro. E não há discurso externo que mova uma mente adulta, tem que haver reflexão. Tem que ser interna, tem que vir de dentro o estouro que precede a ação. Meu amigo, seu eu pudesse, ah! se eu pudesse lhe ser duro e sincero, apenas uma inquietação acabaria lhe dando. Uma só pergunta seria, em caixa alta e pausada como se deve:
QUER QUE DURE ATÉ QUANDO?